quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
"O que aconteceu com a Arca da Aliança?"
O que aconteceu com a Arca da Aliança é uma pergunta que tem fascinado teólogos, estudantes da Bíblia e arqueologistas por vários séculos. No décimo oitavo ano do seu reino, o rei de Judá chamado Josias ordenou que aqueles que zelavam pela Arca da Aliança a retornassem ao templo em Jerusalém (2 Crônicas 35:1-6; veja também 2 Reis 23:21-23). Essa é a última vez que a Arca da Aliança é mencionada nas Escrituras. Quarenta anos depois, o Rei Nabucodonosor da Babilônia capturou Jerusalém e assaltou o templo. Menos de quarenta anos depois, ele retornou, levou o que ainda sobrava no templo, e queimou a cidade e o templo por completo. Então o que aconteceu com a Arca? Foi pega por Nabucodonosor? Foi destruída com a cidade? Ou foi removida e escondida antes de tudo isso acontecer, assim como evidentemente foi o caso do Faraó Sisaque no Egito, o qual assaltou o templo durante o reino do filho de Salomão, o Rei Roboão? (Eu digo evidentemente porque se a Arca não tivesse sido escondida de Sisaque e ele tivesse tomado posse da arca, como alguns acham – veja o enredo do filme “Indiana Jones e os caçadores da Arca Perdida” - então por que Josias teria pedido que os Levitas devolvessem a Arca tantos anos depois, se eles não a tivessem em sua posse em primeiro lugar?)
O livro não canônico de 2 Macabeus registra que bem antes da invasão babilônica, Jeremias “pela fé da revelação, havia desejado fazer-se acompanhar pela arca e pelo tabernáculo, quando subisse a montanha que subiu Moisés para contemplar a herança de Deus[quer dizer, Monte Nebo; veja também Deuteronômio 31:1-4]. No momento em que chegou, descobriu uma vasta caverna, na qual mandou depositar a arca, o tabernáculo e o altar dos perfumes; em seguida, tapou a entrada” (2:4-5). No entanto, “Alguns daqueles que o haviam acompanhado voltaram para marcar o caminho com sinais, mas não puderam achá-lo. Quando Jeremias soube, repreendeu-os e disse-lhes que esse lugar ficaria desconhecido, até que Deus reunisse seu povo e usasse com ele de misericórdia. Então revelará o Senhor o que ele encerra e aparecerá a glória do Senhor como uma densa nuvem, semelhante à que apareceu sobre Moisés e quando Salomão rezou para que o templo recebesse uma consagração magnífica” (2:6-8). Não se sabe se essa narrativa de segunda mão é correta, mas se for, não saberemos de certeza o que aconteceu até que o Senhor retorne, como a passagem fala no final.
Outras teorias sobre onde a Arca perdida pode estar são dadas pelo rabinos Shlomo Goren e Yehuda Getz, os quais acreditam que a Arca está escondida embaixo da Montanha do Templo e foi lá enterrada antes que Nabucodonosor pudesse roubá-la. Infelizmente, o Templo do Monte é onde se encontra a Cúpula da Rocha, mesquita sagrada de Jerusalém, e a comunidade muçulmana local se recusa a deixar que o território seja escavado para tentar achar a Arca. Por isso não podemos saber se os rabinos estão corretos ou não.
O explorador Vendyl Jones, entre outros, acredita que um artefato encontrado entre os Pergaminhos do Mar Morto, o enigmático Pergaminho de Cobre da Caverna 3, é na verdade um mapa de tesouro que detalha a localização de vários tesouros preciosos tirados to Templo antes da chegada dos Babilônicos, incluindo a Arca da Aliança. Se isso é verdade ou não, ainda não sabemos, pois ninguém pôde achar todos os marcos geográficos listados no pergaminho. É interessante que alguns estudiosos especulam que o Pergaminho de Cobre pode ser o registro ao qual 2 Macabeus 2:1 e 4 se refere e que descreve Jeremias escondendo a Arca. Enquanto essa pode ser uma especulação interessante, ainda permanece sem fundamento.
O antigo correspondente da África Oriental para “O Economista”, Graham Hancock, publicou um livro em 1992 chamado de O Sinal e o Selo: a busca da Arca da Aliança, no qual ele argumentou que a Arca tinha sido armazenada na Igreja de Santa Maria de Sião em Aksum, uma cidade primitiva da Etiópia. O explorador Robert Cornuke, do Instituto B.A.S.E. de Colorado, também acredita que a Arca pode estar em Aksum. No entanto, ela ainda não foi encontrada. Da mesma forma, arqueologista Michael Sanders acredita que a arca está escondida em um templo primitivo do Egito na vilagem Israelita de Djaharya, mas ele ainda não a encontrou.
Uma tradição irlandesa bem duvidável acredita que a Arca está enterrada sob o Monte de Tara na Irlanda. Alguns estudiosos acreditam que essa é a fonte da lenda irlandesa de “um pote de ouro no fim do arco-íris”. Lendas mais duvidosas ainda são as de Ron Wyatt e Crotser; Wyatt afirmando que já viu a Arca da Aliança enterrada sob o Monte Calvário, e Crotser afirmando que a viu no Monte Pisgah, perto do Monte Nebo. Esses dois homens não têm qualquer credibilidade com a comunidade arqueológica, pois nenhum deles pôde apresentar qualquer evidência para suas teorias.
No fim das contas, apenas Deus realmente sabe onde a Arca está. Teorias interessantes como as que descrevemos nesse artigo já foram apresentadas, mas ninguém pôde encontrá-la ainda. O escritor de 2 Macabeus talvez estava certo em dizer que talvez nunca saberemos o que aconteceu com a Arca da Aliança até que o Senhor retorne.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
SEXO ENTRE JOVENS CRISTÃOS: UM DILEMA PARA A IGREJA ATUAL
É indiscutível que a Igreja atravessa um momento muito delicado de sua história, no que diz respeito à sexualidade de seus jovens e adolescentes.
Esse é um assunto por demais importante e, por essa razão, não se pode, como o avestruz, enfiar a cabeça na terra, fazendo de conta que ele não existe.
Imaginamos que esta é a hora em que pais e pastores devem discutir a questão em bases bíblicas, porém, procurando analisar todos os ângulos dela, sem precipitações e com uma profunda reflexão a respeito.
ALGUNS PONTOS A SEREM CONSIDERADOS
Em primeiro lugar, temos que voltar lá atrás (anos 60), quando iniciou-se a chamada "Revolução Sexual", com o advento da pílula anticoncepcional e a liberação feminina no campo da sexualidade que, na verdade, foi protagonizada na época em que as atuais mães de jovens e adolescentes eram, então, a juventude feminina.
Essa revolução, que expandiu-se e ganhou corpo na década de 1970 fez com que as mulheres "ganhassem o mesmo direitos que os homens", até então, tidos como os "privilegiados" para desfrutarem um sexualidade fácil e descompromissada.
Foi quando surgiu o termos "amizade colorida" e "ficar", ambos significando uma relação de "namoro" com total liberdade para a prática do sexo antes do casamento.
Foi também o período de proliferação dos motéis em todas as grandes cidades, como o lugar propício para a nova realidade do namoro liberal.
A INTERCORRÊNCIA DA AIDS
A situação de liberalidade sexual entre os jovens foi se incrementando cada vez mais e, de fato, descambou para a permissividade total.Houve porém um advento, que freou essa escalada: o surgimento e a identificação do terrível vírus HIV, responsável pela disseminação da não menos terrível síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS), ainda nos primeiros anos da década de 1980.O mundo testemunhou, então, uma imensa população de jovens (e adultos também) que foram dizimados precocemente, uma vez que, uma das principais vias de propagação da doença era (e ainda é) o contato sexual.
O COQUETEL
Hoje a AIDS continua a ser um fantasma, mas menos assustador, uma vez que, embora ainda não tenha sido descoberta a sua cura, o chamado "coquetel" retroviral, mesmo sendo de difícil administração, permite uma redução no número de vírus na circulação sanguínea tão drástica, que os exames chegam a dar "indetectáveis".Como a pessoa soropositiva, por causa do efeito do coquetel, volta a ter uma vida aparentemente saudável (trabalhando, estudando, produzindo, etc), pode-se dizer que, praticamente, as pessoas quase que não morrem mais devido à AIDS.
CONSEQUÊNCIAS
Essa falsa impressão de que a AIDS não existe mais, ALIADA AO FATO de que a atual geração de jovens e adolescentes literalmente NÃO PRESENCIOU a época mais terrível dessa síndrome, com altíssimos níveis de mortalidade, eliminou o medo da cabeça desses jovens. Ao lado disso, a educação sexual, hoje introduzida nas escolas públicas e particulares (positivamente, não podemos negar) ensina a prática do chamado sexo seguro e as formas de prevenção da doença.
RESULTADO
Positivamente, o resultado é o de que os jovens de hoje estão muito melhor informados sobre sexo seguro do que as gerações anteriores. Pelo lado negativo, porém, temos que reconhecer "um renascimento da revolução sexual", com a livre prática do sexo entre jovens e adolescentes de hoje, muitas vezes, com a aprovação e consentimento dos pais. Em um de seus artigos, a revista americana "Christianity Today", edição de agosto de 2009, reporta o fato de que mais de 90% dos adultos solteiros americanos experimentam relações sexuais antes do casamento.
E, nas igrejas evangélicas, a realidade não é muito diferente. Para mostrar isso, a revista comenta o resultado de um estudo representativo, em nível nacional, cujos números demonstraram que pouco menos do que 80% de adultos jovens evangélicos, conservadores e frequentadores dos cultos, que estão atualmente namorando, praticam alguma forma de sexo. Com certeza, a situação dos jovens crentes brasileiros não é nem um pouco diferente.
O QUE FAZER, ENTÃO
Não temos a pretensão de dar uma resposta fechada à essa questão, porque ela não é nada simples.
Aumentar a pressão para a preservação da castidade até o casamento (o que seria ideal), é uma saída que não tem dado certo, uma vez que os jovens evangélicos praticam cada vez mais o sexo pré-marital. Uma das razões disso é, sem dúvida, o casamento cada vez mais retardado, por exigências sociais.
Muitos casais cristãos adotaram o modelo secular de contrair núpcias somente após os 30 anos de idade, quando tiverem terminado a sua graduação, pós graduação e obtido um sólido vínculo empregatício (o que, convenhamos, é muito difícil), em nossos dias.
Lembramos que, desde a menarca (para as meninas) e a primeira emissão de sêmen (para os meninos), biológicamente, eles já estão preparados para a sexualidade e para a reprodução. A maturidade psicológica virá bem mais tarde (por volta dos 18-22 anos), mas poucos esperam por ela.
Portanto, contando com o fato de que os jovens estão, quando homens, com os níveis de testosterona à toda e, quando mulheres, com os níveis de progesterona e estrogênio, em igual situação, é de se supor que suportar uma vida celibatária por cerca de 15-20 anos, antes de se se casar (aos 30 anos ou mais) é quase que impossível.
CONCLUSÃO
Embora o que diremos a seguir possa soar forte demais; se não quisermos ser hipócritas, temos de admitir que, na maioria das igrejas evangélicas, hoje, quando o assunto é SEXO ANTES DO CASAMENTO, os jovens solteiros o praticam livremente; os pais, de alguma forma, fingem que não vêem e os pastores (até por estarem inseguros) fingem que não sabem.
Positivamente, o resultado é o de que os jovens de hoje estão muito melhor informados sobre sexo seguro do que as gerações anteriores. Pelo lado negativo, porém, temos que reconhecer "um renascimento da revolução sexual", com a livre prática do sexo entre jovens e adolescentes de hoje, muitas vezes, com a aprovação e consentimento dos pais. Em um de seus artigos, a revista americana "Christianity Today", edição de agosto de 2009, reporta o fato de que mais de 90% dos adultos solteiros americanos experimentam relações sexuais antes do casamento.
E, nas igrejas evangélicas, a realidade não é muito diferente. Para mostrar isso, a revista comenta o resultado de um estudo representativo, em nível nacional, cujos números demonstraram que pouco menos do que 80% de adultos jovens evangélicos, conservadores e frequentadores dos cultos, que estão atualmente namorando, praticam alguma forma de sexo. Com certeza, a situação dos jovens crentes brasileiros não é nem um pouco diferente.
O QUE FAZER, ENTÃO
Não temos a pretensão de dar uma resposta fechada à essa questão, porque ela não é nada simples.
Aumentar a pressão para a preservação da castidade até o casamento (o que seria ideal), é uma saída que não tem dado certo, uma vez que os jovens evangélicos praticam cada vez mais o sexo pré-marital. Uma das razões disso é, sem dúvida, o casamento cada vez mais retardado, por exigências sociais.
Muitos casais cristãos adotaram o modelo secular de contrair núpcias somente após os 30 anos de idade, quando tiverem terminado a sua graduação, pós graduação e obtido um sólido vínculo empregatício (o que, convenhamos, é muito difícil), em nossos dias.
Lembramos que, desde a menarca (para as meninas) e a primeira emissão de sêmen (para os meninos), biológicamente, eles já estão preparados para a sexualidade e para a reprodução. A maturidade psicológica virá bem mais tarde (por volta dos 18-22 anos), mas poucos esperam por ela.
Portanto, contando com o fato de que os jovens estão, quando homens, com os níveis de testosterona à toda e, quando mulheres, com os níveis de progesterona e estrogênio, em igual situação, é de se supor que suportar uma vida celibatária por cerca de 15-20 anos, antes de se se casar (aos 30 anos ou mais) é quase que impossível.
CONCLUSÃO
Embora o que diremos a seguir possa soar forte demais; se não quisermos ser hipócritas, temos de admitir que, na maioria das igrejas evangélicas, hoje, quando o assunto é SEXO ANTES DO CASAMENTO, os jovens solteiros o praticam livremente; os pais, de alguma forma, fingem que não vêem e os pastores (até por estarem inseguros) fingem que não sabem.
A SAÍDA
Sem queremos ser os donos da verdade e sem nenhuma pretensão, além de desejar o bem do Corpo de Cristo, que é a Sua Igreja; e reconhecendo que a situação é, realmente, muito delicada, acreditamos que a solução para esse problema terá que, obrigatoriamente, abarcar os seguintes pontos:
Uma profunda reflexão realística e bíblica sobre o tema, por parte de Ministérios, Presbitérios e Conselhos de Igrejas, levando em conta o momento histórico e a realidade em que vivemos, com decisões claras e até mudanças de estatutos, se for o caso.
Um repensar do real significado do casamento bíblico e teológico, sobrepondo-se a sua ênfase sobre a instituição civil e humana do mesmo.
A construção de uma orientação clara, realista, bíblica e não legalista, a ser ministrada aos jovens cristãos de nossos dias e a seus pais.
Sem queremos ser os donos da verdade e sem nenhuma pretensão, além de desejar o bem do Corpo de Cristo, que é a Sua Igreja; e reconhecendo que a situação é, realmente, muito delicada, acreditamos que a solução para esse problema terá que, obrigatoriamente, abarcar os seguintes pontos:
Uma profunda reflexão realística e bíblica sobre o tema, por parte de Ministérios, Presbitérios e Conselhos de Igrejas, levando em conta o momento histórico e a realidade em que vivemos, com decisões claras e até mudanças de estatutos, se for o caso.
Um repensar do real significado do casamento bíblico e teológico, sobrepondo-se a sua ênfase sobre a instituição civil e humana do mesmo.
A construção de uma orientação clara, realista, bíblica e não legalista, a ser ministrada aos jovens cristãos de nossos dias e a seus pais.
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