"Mas
também estes cambaleiam por causa do vinho, e não podem ter-se em pé por causa
da bebida forte; o sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte,
são vencidos pelo vinho, não podem ter-se em pé por causa da bebida forte; erram na visão, tropeçam no
juízo."Is 28:7
Existem coisas que podem tirar dos
ministérios estabelecidos por Deus para o governo da igreja a capacidade de ver de forma clara e distinta. Por
muitas vezes, aqueles que deveriam fornecer sábia direção ao povo, acabam errando na visão, porque alguma coisa
lhes turvou a mente.
São diversos os tipos de embriaguez que
podem produzir tal efeito sobre os ministérios. Vamos conhecê-los, a fim de
pedirmos ao Senhor que, mediante o encher constante do Espírito (Ef 5:18), nos
livre deles.
A embriaguez provocada pelo orgulho, que leva-nos a pensar de nós
além do que convém (Rm 12:3) e, com isso, a dirigir mal o povo.
A embriaguez provocada pela soberba, uma exaltação que acontece como
reação de nossa natureza humana às revelações recebidas (2 Co 12:7), e que faz
com que nos comportemos como os porta-vozes de Deus para a geração presente.
A embriaguez provocada pelo tradicionalismo ("quem bebeu o
vinho velho não quer o novo...", veja Lc 5:39), que nos impede de enxergar
os propósitos de Deus em criar algo novo (Is 43:19). O tradicionalismo é uma
doença que ataca todos os segmentos da Igreja: há um tradicionalismo
tradicional, um tradicionalismo pentecostal, um tradicionalismo renovado, um
tradicionalismo restaurado, etc.
A embriaguez provocada pela ignorância, que nos priva de revelação.
O grande problema relacionado com a ignorância não está na ignorância em si
mesma, mas antes em ignorarmos a ignorância. Quando sabemos que não sabemos,
então há esperança. Mas quando, em nossa ignorância, nos consideramos
possuidores de todo o conhecimento, então podemos ter a desagradável surpresa
de nos imaginarmos ricos e abastados, quando o Senhor nos sabe como miseráveis, pobres, cegos e nus (veja Ap 3:17).
A embriaguez provocada pelo presente século, que ofusca nossos olhos
e nos impede de ver o caminho que o Espírito Santo está apontando à igreja.
Lemos em Ap 18:3, numa referência à Babilônia, que aqui representa
profeticamente o sistema que domina e energiza o "presente século": "pois todas as nações têm bebido do
vinho do furor da sua prostituição". Quando a igreja, que
absolutamente não deve viver como "todas as nações" (veja 1 Sm 8:5),
começa a transigir com o mundo e a imitar seus padrões e sua maneira de ser,
então se produz essa embriaguez terrível que, em última análise, rouba do povo
de Deus sua própria razão de existir sobre a terra!
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