sábado, 24 de março de 2012

Qual é a explicação científica do sol e a lua ter parado em Josué 10.12,13?


O livro de Josué registra vários milagres. Nenhum deles, contudo, é tão digno de nota, nem tão discutido, como esse que se refere a um dia prolongado, com o dobro das 24h normais. Foi o da batalha de Gibeom (Js 10.12-14). Tem-se objetado que se de fato a Terra houvesse parado de girar por 24h, uma catástrofe inconcebível teria esmagado o planeta e tudo o que estivesse em sua superfície.                         
Os que crêem na Onipotência de Deus de modo nenhum concordam com a idéia de que Iavé não teria impedido esta tragédia; o Senhor teria suspendido as leis físicas que provocariam o desastre. No entanto, com base no próprio texto hebraico, não nos parece crer que a Terra subitamente tenha parado, não executando mais seu movimento de rotação sobre si mesma. Assim diz o v. 13: “O sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se quase um dia inteiro”.  As palavras “não se apressou” parecem indicar um retardamento do movimento solar. Em vez de 24h, o dia teria sido de 48h.
Há apoio para esta idéia: pesquisas trouxeram à luz relatos de fontes egípcias, chinesas e hindus a respeito de um dia muito longo. Harry Rimmer que alguns cientistas do Observatório de Harvard traçaram a origem desse dia que falta aos tempos de Josué.
Outra possibilidade de interpretação decorre de um entendimento um tanto diferente da palavra hebraicadôm (traduzida por KJV por “mantém-te quieto”). É vocábulo que normalmente se traduz por “estar em silêncio”, “cessar”. Estudiosos como Robert D. Wilson, de Princeton, interpretam a oração de Josué como petição no sentido de o sol cessar de derramar seu calor sobre suas tropas em batalha, de tal modo que pudessem prosseguir lutando sob condições mais favoráveis. A tempestade destruidora, de granizo, que acompanhou a batalha, dá alguma credibilidade a essa opinião, a qual tem sido defendida por homens de inquestionável ortodoxia. No entanto, é preciso que se admita que o v. 13 parece favorecer o prolongamento do dia: “E o sol se deteve e a lua parou… O sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro.
Keil e Delitzsch sugerem que ocorreu um prolongamento miraculoso do dia, caso tenha parecido a Josué e a todo o Israel que ele se prolongou de fato, de modo sobrenatural. O exército conseguiu fazer em um dia o trabalho de dois. Teria sido difícil para eles dizer se a Terra estava girando a sua velocidade normal, se a sua rotação fosse o único critério para a medida do tempo. Eles acrescentaram outra possibilidade: Deus poderia ter produzido um prolongamento ótico da luz solar, tendo prosseguido sua visibilidade após a hora normal do pôr-do-sol, mediante refração especial dos raios solares.

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