terça-feira, 29 de maio de 2012

10 PERGUNTAS SOBRE OS DÍZIMOS

1. O que significa o dízimo?

Significa a décima parte dos lucros e entradas que o crente destina para uma finalidade sagrada. Essa décima parte é devolvida a Deus como um sinal da aliança e da sociedade com Ele, reconhecendo-O como o criador e proprietário de todas as coisas. Gênesis 14:18; Levítico 27:30 e 32; Malaquias 3:7-10

2. Dizimar está relacionado a um mandamento de Deus ou à vontade humana?

Está relacionado com um mandamento de Deus, pois como Soberano do Universo, reservou para Si o dízimo, e logo o estabeleceu como um concerto: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro" Malaquias 3:10. "Dever é dever, deve ser realizado por amor a ele". CSM, 90. "A negligência ou adiamento desse dever, provocará o desagrado Divino." – CSM, 67. Sendo que o governo de Deus respeita o livre arbítrio, dizemos que Ele não obriga ninguém a segui-Lo. Este acordo poderá não ser executado nem aceito, mas quem procede assim terá que enfrentar as consequências. O princípio do dízimo se baseia em princípios tão duradouros como a lei de Deus.

3. Com que finalidade Deus estabeleceu o sistema de dízimo?

• Para beneficiar o homem. "A fim de que o homem se pudesse tornar como seu criador de índole benevolente e abnegada." – CSM, 15

"Vi que o sistema do dízimo desenvolverá o caráter e manifestará o verdadeiro estado do coração." – I TS 237.

• Para expressar a Deus a nossa lealdade e obediência à soberania divina. "Exige Ele esse tributo como prova de nossa fidelidade a Ele" – CSM 72

• Para reconhecer a Deus como dono e doador de tudo. I Crônicas 29:11-14

• Para habilitar-nos a receber bênçãos de Deus. Malaquias 3:10 – 12

• "Para avanço da obra de Deus na Terra" – CSM 77

4. Qual o único destino que Deus dá ao dízimo?

Através dos tempos, Deus estabeleceu que o dízimo seria destinado, somente, para o sustento de seus ministros, os levitas. Assim aconteceu no antigo testamento: os levitas e sacerdotes foram sustentados com os dízimos (Números 18:21 e 24.) No Novo Testamento e na atualidade, o dízimo é para o sustento do ministério evangélico (I Corintios 9:14; I Timóteo 5:18)

5. Que significa a expressão "sustento do ministério evangélico"?

Ministério evangélico é um cargo ou ocupação de tempo integral, daqueles que se dedicam a uma função evangelizadora. O dízimo dedica-se ao sustento e a uma função evangelizadora. Isto compreende os pastores, professores que dão ensinamento bíblico, e também inclui todos os gastos da denominação, derivados da atenção às igrejas, tanto pelas Associações/ Missões, como pelas Uniões, Divisões e a Associação Geral.


6. Quantas vezes aparece a palavra dízimo na Bíblia?
No Antigo Testamento aparece 35 vezes. E os textos são:

Gênesis 14:20; 28:22; Levítico 27:30, 31 e 32; Números 18:21, 24, 26 e 28; Deuteronômios 12:6, 11, , 17; II Crônicas 31:5, 6 e 12; Neemias 10:37 e 38; 12:44; 13:5 e 12; Amós 4:4; MAlaquias 3:8-10.
No Novo Testamento aparece 10 vezes, e os textos são: S. Mateus 23:23; S. Lucas 11:42 e 8:12; Hebreus 7:2, 4-6, 8 e 9.

"O Novo Testamento não dá novamente a lei do dízimo, como também não dá a do sábado, pois pressupõem a validade de ambos, e explica sua profunda importância espiritual." CSM 66

7. Que significa "Casa do Tesouro" em Mal. 3:10?

Significa: Depósito (Salmo 33:7), armazém (I Crônicas 27:28), Casa de provisões. Com frequência usa-se como sinônimo de tesouraria (Neemias 12:12). Pode referir-se a tesouraria da igreja local como um depósito temporário, de onde se enviam os dízimos para a Missão / Associação, depois para a União, Divisão e para a Associação Geral, entidades que representam a igreja organizada, de onde se administram os usos e destinos dos dízimos. Esta é a verdadeira "Casa do Tesouro".

"Aqueles que se encontram à testa dos negócios na sede da causa, têm de examinar detidamente as necessidades dos vários campos, pois eles são os mordomos de Deus, destinados a estender a verdade, a todas as partes do mundo. Eles são inescusáveis, se permanecem em ignorância com respeito às necessidades da obra." O.E. 454,455.8. Qual era a situação política e religiosa da nação israelita nos dias de Malaquias?
Malaquias viveu no final do período do cativeiro babilônico. Neemias havia acabado de liderar o povo no retorno do cativeiro e empreendido uma reforma política ao reorganizar a nação e reconstruir os muros da cidade e uma outra reforma espiritual ao restaurar o templo e os tesouros do Senhor, saqueados pela infidelidade do povo.

Em seu livro Malaquias denuncia a infidelidade do povo para com os serviços da casa do Senhor restaurados por Neemias. (Nee. 12:44-47; 13:10-13.)

É importante salientar o fato que os livros de Crônicas, Esdras e Neemias tratam do mesmo tema de Malaquias. "Casa do Tesouro", portanto, pode ser melhor compreendido à luz desses livros.


9. Como ficou o sistema financeiro organizado por Neemias nos dias de Malaquias?


• Neemias estabeleceu "câmaras" ou tesourarias em várias cidades de Israel, para recolherem temporariamente, os dízimos e ofertas, que eram as porções dos sacerdotes e levitas. (Nee. 12:44)

• Ele fez cuidadosa separação entre dízimo e oferta. (Nee. 12:44)

• Estabeleceu tesoureiros para cada "câmara" ou tesouraria, como nos dias de Ezequias. (II Cr.31:19)

• Esses tesoureiros foram escolhidos dentre os próprios levitas. Dessa maneira não seriam vítimas do jogo de interesses alheios à função. Se eram dignos de serem ministros do santuário, também o seriam para administrarem os fundos para seu próprio sustento com fidelidade. (II Cr.31:19)

• A distribuição dos dízimos e ofertas era controlada a partir de Jerusalém. Os tesoureiros das "câmaras" que haviam espalhadas por todo o país, enviavam o produto recolhido para a "Casa do Tesouro" em Jerusalém e de Jerusalém voltava para os levitas espalhados por todo Israel. (II Cr. 31:4-6; Nee.12:44)

• Havia uma equipe encarregada da distribuição em Jerusalém e outra para o resto do país. (Nee.13:13)

• Os levitas eram assistidos conforme o registro de suas famílias, mulheres e crianças (II Cr 31:19). Essa assistência financeira e material não considerava como prioridade os lugares que eram os maiores doadores, para que ali ficassem retidos os dízimos, mas as necessidades de manutenção dos indivíduos e da obra em Israel como um todo. Assim que, todos os levitas recebiam sua manutenção de acordo com as necessidades de suas famílias (II Cr 31:17-19).

• Pode-se depreender dos registros bíblicos que essa unificação do sistema gerido pelos próprios levitas: 1) proporcionava igualdade de tratamento e proporcionalidade na manutenção do ministério; 2) Concedia uma visão global unificada gerando um senso nacional de missão e unidade entre os sacerdotes; 3) Procurava evitar ambições financeiras na liderança espiritual da igreja israelita.

Portanto, na Bíblia, os dízimos e ofertas dos sacerdotes não ficavam em cada vila ou cidade, ou na posse do próprio adorador. Os relatos bíblicos disponíveis indicam que tanto no período pré como pós-exílio, sempre que o sistema de manutenção dos sacerdotes foi reformado sob direção profética, a casa do tesouro foi uma tesouraria centralizada em Jerusalém e administrada pelos próprios levitas. Para esta "casa do tesouro" Malaquias apelava para que fossem conduzidas todas as dádivas. A partir desse centro administrativo todos os levitas recebiam auxílio conforme o registro de "suas famílias" (II Cr 31:17 -19).


10. Há nos escritos de Ellen G. White referência à possibilidade de pessoas ou igrejas locais agirem separadamente da organização?


"Alguns têm apresentado a ideia de que, ao aproximarmo-nos do fim do tempo, cada filho de Deus agirá independentemente de qualquer organização religiosa. Mas fui instruída pelo Senhor de que nesta obra não há isso de cada qual ser independente. As estrelas do céu estão todas sujeitas às leis, cada uma influenciando a outra a fazer a vontade de Deus, prestando obediência comum à lei que lhes dirige a ação. E, para que a obra do Senhor possa avançar sadia e solidamente, Seu povo deve unir-se." O. E. 487.

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