quarta-feira, 20 de junho de 2012

Como ler a Bíblia

Nós, que já somos possuidores de uma Bíblia, não temos a intenção de deixá-la guardada na estante; ao contrário, desejamos estudá-la.
Estamos interessados na Bíblia. Outros nos falaram deste livro extraordinário, miraculosamente preservado através dos séculos, admiravelmente documentado em vários assuntos, e hoje espalhado no mundo inteiro. Aprendemos que a Bíblia é sempre atual nas suas declarações proféticas, a ponto de deixar admirados jornalistas, sábios e políticos.
Sabemos que muitas pessoas encontraram conforto em sua leitura e estamos ansiosos por encontrar, por nossa vez, uma resposta às nossas perguntas e soluções aos principais problemas da existência. O fato de outros terem sido abençoados pela Bíblia não é suficiente, precisamos de uma experiência pessoal.

A Bíblia não é um dicionário, nem um tratado de história antiga, nem um manual de psicologia aplicada, mas a revelação de Deus para os homens. Não podemos nos aproximar dela com ceticismo, preconceitos ou pretensões. Por meio da Bíblia, o Todo-Poderoso Se deixa conhecer pela alma humana.
Mas Ele não dispensa indiscriminadamente os Seus tesouros. Ele os confia aos humildes, que sentem a necessidade do Seu socorro. Assim sendo, a humildade è a condição essencial a uma leitura edificante e proveitosa das Escrituras Sagradas.

Certas pessoas lêem a Bíblia ao acaso, procurando versículos de uma maneira incoerente, e isto para conhecer o futuro, atribuindo assim à Escritura um poder mágico! Que engano! A Bíblia è um livro vivo: a seiva divina que dela emana está pronta para nutrir os espíritos bem dispostos, para fazê-los crescer na graça e conhecimento de Jesus Cristo (2 Pedro 3:18).

Leiamos a Bíblia com método. Comecemos pelos Evangelhos, de preferência o de João. Descobriremos nele Jesus Cristo, nosso Salvador; por intermédio do Seu Espírito, Ele é tão presente no texto quanto o era em Sua vida terrestre na Palestina. Investiguemos depois uma das Epístolas do apóstolo Paulo, os Salmos de Davi ou as maravilhosas histórias de Abraão, Moisés, Elias, Daniel... Que o nosso entendimento espiritual seja equilibrado pelo alimento das revelações sublimes do Velho Testamento e das verdades evangélicas do Novo. Não começemos a leitura da Bíblia pelo Apocalipse, livro cujos mistérios somente se esclarecerão à luz de um conhecimento aprofundado de outros textos das Escrituras.

Será proveitoso nos colocarmos no contexto histórico do livro que tencionamos ler. Será benéfico nos apropriarmos pessoalmente das promessas ou das palavras de conforto, das exortações ou das advertências do texto sagrado, e conformarmos a nossa vida diária ao critério que a Escritura Sagrada nos propõe.

Não entendemos bem o sentido velado de uma verdade bíblica? Continuemos nossa leitura. Logo outro versículo esclarecerá o tema precedente. E, se tivermos dificuldade em encontrar uma passagem que se refira àquele mesmo pensamento, descobriremos outros, igualmente capazes de encher o nosso coração e a nossa mente de uma verdade que pode transformar-nos, e responder às nossas mais profundas necessidades. Esta experiência abençoada nos preparará então para as novas revelações que Deus nos reserva, como por exemplo a assimilação progressiva das bases essenciais da fé.

Sim, a leitura da Bíblia pode tornar-se apaixonante para quem preenche as condições. Que seja o nosso caso!

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